terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O "novo" e o "velho"



Tanto um retrato dos tempos como, mais do que isso, um claro indício de que vivemos, definitivamente, uma era de transgressão e superação de experiências. Pesquisa (em inglês) divulgada pelo Pew Research Center, nos EUA, mostra que a internet ultrapassou, pela primeira vez, todas as outra mídias, exceto a televisão, no ranking dos meios onde as pessoas buscam notícias nacionais e internacionais.

São 40% de norte-americanos os que preferem a internet, enquanto os jornais impressos são a primeira opção de 35%. Entre os que têm menos de 30 anos, o número de adeptos do mundo virtual sobe para 59%.

Vivemos um período de transição, que envolve, no momento, uma mudança no circuito de circulação da informação. Afinal, na internet a produção de notícias se dá num modelo onde "todos" se dirigem a "todos". O que isso representa? Dentre as inúmeras consequências, uma maior e efetiva participação de indivíduos que, antes, ficavam de fora deste circuito, melhor dizendo, se limitavam à condição de receptores.

Agora mudou. Somam-se privilégios na aquisição e produção de informação. E se dissolve, pouco a pouco, o monopólio da notícia. O que se vive, assim, é uma revolução. O "novo" vai, a seu modo, sendo adotado e domesticado por uma parcela crescente de indivíduos.

Vale a pergunta: se surge uma experiência inédita, o "velho" some ou também conseguirá se arranjar? Ou seja, os jornais terão pique e perspicácia para fazer frente ao novo cenário?

Um comentário:

Bruna disse...

Acho que as mídias irão conviver entre si. Aconteceu algo similar após o aparecimento da TV e consequente enfraquecimento do rádio. Na verdade, acredito que os jornais irão reinventar a forma de "dar" a notícia e, assim, manter seus leitores.